quarta-feira, 6 de junho de 2012


As doenças da moda

É muito interessante perceber que existem diagnósticos da moda e fora de moda É muito interessante perceber que existem diagnósticos da moda e fora de moda. E entre eles, os com charme e os sem charme. Quando dou palestras e explico os critérios para determinar se alguém tem déficit de atenção, todo mundo leva as mãos à cabeça e pensa: “Meu Deus, eu tenho isso”; a mesma coisa acontece com ansiedade e até mesmo depressão. Já quando explico o que é psicopata e o que é histérica, novamente tudo mundo se desespera, mas dessa vez pensando: “Meu Deus, meu chefe é um psicopata” ou “Minha chefe é histérica” – ser deprimido ou desatento vá lá, mas psicopata ou histérico são só os outros.

Uma busca no acervo on-line do Estadão mostra um fenômeno curioso: da década de 80 para cá, o termo “histérica” aparece mais ou menos 15 vezes por ano no jornal, numa taxa estável. Já o termo “psicopata” subiu das mesmas 15 vezes por ano nos anos 80 para 45 vezes/ano nos anos 90 e chegou a quase 70 vezes/ano nos anos 2000. E só em 2010 a apareceu em 164 ocasiões no jornal. Já “déficit de atenção” começou a surgir nos anos 90 no jornal (4 vezes na década), subiu para 5 vezes por ano nos anos 2000 e em 2010 apareceu 30 vezes.

Arrisco uma explicação para essas tendências: o diagnóstico de histeria não consta mais dos manuais médicos desde os anos 80. Ao cair em desuso no meio acadêmico, com o tempo saiu também de moda entre a população geral. Fenômeno exatamente oposto ao da psicopatia e déficit de atenção. O primeiro foi resgatado pela academia a partir dos trabalhos do canadense de Robert Hare, nos anos 70, e após sua consolidação no meio científico foi sendo incorporado pela sociedade. E o diagnóstico “transtorno de déficit de atenção e hiperatividade” surgiu com esse nome no fim dos anos 80, seguindo a mesma via.

O conhecimento científico normalmente caminha dos periódicos técnicos para os veículos de divulgação de ciência, desses para a mídia leiga e finalmente ganham a massa. Mas essa é uma via de mão dupla, como fica claro quando lidamos com o comportamento humano: a psicologia do senso comum é influenciada pela ciência e ao mesmo tempo em que a influencia (antes de serem cientistas, os pesquisadores são pessoas). Esse não é o problema – é bom que saiba-se que doenças existem e podem ser tratadas.

O risco é que nesse verdadeiro telefone sem fio muitas vezes a informação vai sendo distorcida, levando a um abismo entre o que os cientistas dizem e o que as pessoas repetem. E na ânsia de encontrar explicações – e principalmente soluções – para seus sentimentos e sofrimentos, às vezes as pessoas começam a ver doença onde não tem, recorrendo remédios inutilmente.

Nesses casos, inverte-se a recomendação, pois ao persistirem os sintomas vemos que o médico nem deveria ter sido consultado.

Fonte: blogs.estadao.com.br

Estresse no início da vida pode modificar os genes e o comportamento, diz estudo




No estudo, os pesquisadores separaram os filhotes das mães três horas por dia durante dez dias um estudo alemão recentemente publicado na revista científica Nature Neuroscience indica que o estresse nos primeiros anos de vida pode ter um impacto significativo nos genes, podendo resultar em problemas de comportamento. A partir de testes com ratos, os cientistas descreveram que os pequenos estressados produzem hormônios que modificam os genes, o que afetaria o comportamento ao longo da vida.

No estudo, os pesquisadores separaram os filhotes das mães três horas por dia durante dez dias. "Foi um estresse muito leve, e os animais não foram afetados em nível nutricional, mas eles se sentiram abandonados", explicaram os autores. E eles notaram que aqueles que haviam se sentido dessa forma no início da vida eram menos capazes de lidar com situações estressantes ao longo da vida, além de apresentarem pior memória.


De acordo com os autores da pesquisa, esses efeitos são causados por "mudanças epigenéticas", em que a experiência estressante muda o DNA de alguns genes. E esse processo ocorreria em dois momentos: quando os filhotes são estressados, produzem altos níveis de hormônios do estresse; e esses hormônios "ajustam" o DNA de um gene que codifica um hormônio específico do estresse chamado vasopressina. "Isso deixa uma marca permanente no gene da vasopressina", explicou o cientista Christopher Murgatroyd, destacando que "esse gene é programado para produzir altos níveis desse hormônio ao longo da vida".


Na pesquisa, os cientistas mostram que esse processo envolvendo a vasopressina está por trás de problemas de comportamento e de memória. Quando eles deram, aos ratos adultos, drogas que bloqueavam os efeitos do hormônio, o comportamento dos roedores voltou ao normal.

Os autores acreditam que os resultados dos testes com ratos possam ser replicados em humanos, e eles já estão investigando como o trauma na infância pode levar a problemas como depressão. "Há forte evidência de que adversidades como abuso e negligência durante a infância contribui para o desenvolvimento de doenças psiquiátricas, como a depressão", destacaram. "Isso ressalta a importância do estudo de mecanismos epigenéticos nos distúrbios relacionados ao estresse".


Fonte: boasaude.uol.com.br

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Como aumentar a seratonina do cérebro sem drogas


A serotonina é uma das principais substâncias químicas presentes em nosso cérebro. Sabemos hoje que ela tem um papel importante na regulação do humor e por isso o tratamento farmacológico para a depressão e outros transtornos psicológicos costuma envolver modificar os níveis serotoninérgicos.



Mas não seria melhor para nós prevenir a depressão do que esperar chegar ao fundo do poço para começar um tratamento? Enquanto não temos vacinas ou medicamentos preventivos, existem algumas atividades que parecem aumentar os níveis de serotonina no nosso cérebro:

1. Pensar positivo - Estudos estão sendo feitos para verificar como nossos pensamentos influenciam o metabolismo do nosso cérebro. No entanto, não é novidade que a psicoterapia, por exemplo, pode alterar este metabolismo. Tente ver o lado bom das coisas (e pessoas) ao seu redor e não focar somente nos problemas.


2. Sair de casa - Se expor à luz do sol pode fazer nosso corpo produzir mais serotonina. Curiosamente, em análises post mortem, os níveis de serotonina de pessoas que morreram no verão costumam ser maiores dos que os que morreram no inverno. Sair de casa também acaba sendo uma boa oportunidade para se engajar em novas atividades e conhecer mais pessoas.


3. Praticar exercícios físicos - Sabe-se que praticar exercícios regularmente tem um efeito antidepressivo e ansiolítico. Os melhores resultados são vistos quando a pessoa está acostumada a fazer exercícios aeróbicos, ou seja, os resultados não vêm da noite para o dia.


4. Mudar sua dieta - Algumas substâncias podem melhorar o nosso humor no dia-a-dia, como o triptofano e a α-Lactoalbumina (presente no leite). Além disso, uma boa alimentação poderá te fazer se sentir melhor e melhorar a autoestima.


Essas dicas não são novas, mas acho legal ver um artigo sério demonstrando estas afirmações através de referências científicas. Costumo sempre dizer que nenhum comportamento vem “do nada”, portanto, se a pessoa está deprimida ou simplesmente um pouco triste, é importante rever os aspectos do seu dia-a-dia para encontrar as fontes dessa tristeza. Ninguém consegue mudar o que sente sem mudar o que faz.

Escrito por Felipe Epaminondas


domingo, 1 de abril de 2012

Teatro no Sesi 30/03/2012



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Aula Prática de Anatomia no Domingo